Foto - Ralph Graef
Estou olhando
para o meu umbigo
e não vejo nada
e não vejo nada
do que queria ver
estou olhando
estou olhando
para o meu umbigo
e as ruas não clarearam
e as ruas não clarearam
e nenhum poeta apareceu
pena,
pena,
porque queria entender
mais de mim
queria ver um azul
queria ver um azul
que sei dentro de mim
e que só ele sabe
o poeta
pois,
e que só ele sabe
o poeta
pois,
o poeta
é que é um sábio
por entender de imensidão
por entender de imensidão
mas que
só vê claro
o que é impossivel,
o que se esconde
o que se esconde
numa noite imaginária
de nossa precária lucidez
que não entende nada,
nada.
E eu,
de nossa precária lucidez
que não entende nada,
nada.
E eu,
tão simples
e tão comum,
sou possível
deixo a luz passar
deixo a luz passar
através de mim,
e jogo a rede
e jogo a rede
de pescar maravilhas
para tudo além
para tudo além
de meu próprio
e tolo umbigo.
quem sabe
quem sabe
não consigo
pescar a metáfora
ou idiossincrasia
ou idiossincrasia
que resolva
toda solidão?
É,
amanhã é outro dia
e a vida é mesmo imensa
imensa!
e a vida é mesmo imensa
imensa!
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