quarta-feira, 17 de março de 2010


O real faz-se de vasta e viva ilusão, movida por vontade vertiginosa.

Miragem de clarão e ardor , o corpo da verdade - imensa e astuta

nebulosa.

Imaginemos então, se possível, a doida extensão de um espaço sem

limites de dia impalpável e acesa luz - à noite, concretude

maravilhosa.

Ali se faz tudo que há e o que mais já não há, como uma usina

de faz tudo do invisível - ópera miraculosa.


A lógica dos dados traça o caos - o jogo da natureza

é o nome da rosa.


Vence o que pensa que existe e não é tudo - o que não era, mas pode

ser agora a pura realidade, curva e enganosa.


O impossível se faz plausível e o impensável de uma crível fatuidade

goza.

Sem fim é o número de probabilidades, fazem as leis da ordem da

existência e o vivo que surge agora , a dimensão da majestade

apossa.

Tudo que imaginam é energia e vida e isso ao contrário não é tudo,

nem com boa vontade.


O poeta que é um sábio por entender de imensidão

e, às vezes, joga dados e outras vezes não

diz que comparado ao amor que o fêz e a chama que nele arde

que tudo isso é muito, muito mais além

não é nem mesmo o M com que se escreve metade

ou os dois zeros com que se fazem o cem.

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