quarta-feira, 17 de março de 2010


O que me soa à hora primeira




faz de mim não mais esse corpo largado




esse meio que náufrago do silêncio




a ver seu navio




nave rôta




afundar em seu peito encapelado




sobre a nuvem do des-sinto




pois, não há mais um outro, o além de mim,




o trânsito de acompanhamento




pele soando em outra pele




afundando em teu-meu.




Não, agora talvez pressinta




que nada tem de ser assim




a sessão não acabou




posso ouvir que a vida não se tranca numa gaveta




o mar tem vários humores




mas ainda não chegou aonde estou.

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