Saca
quando canções
não me dizem mais nada
abstratos angustiados
debaixo de uma camiseta de grife
sobre um amor danado
que a Amy não resolve
eu
olho pela janela
vendo o cubismo de Picasso
surgir do cubismo de Braque
e se quebrar pelas esquinas
formigantes
pelas luzes
que ainda cantam para
o mundo menos
para mim
que não escuto, nem sinto
além de um acorde depois do outro
sem que o meu ouvido registre
um ai
Aí
então
sinto que é preciso
inventar um som precioso
apaixonicizante por alucinismos
e grito como Munch desesperos
Bachbatanas Bachbarrizando
e a razão some pro nada
pedindo socorro ou
por sangue
nas veias excitadas
mineiras ou argentinas
ourisanécticas matissinianas
goyastrais adMiróticas
poetronizéptycas
onde faço faloniciróferas
onde encontro o amor
poltronizado
e
logo
Duchamp canta
no espaço colorido
tecniramificando as sensactions
enquanto eu janto Dubuffet
doces formigas de Dali
como um tubarão
que tem uma jaws abocanhante
como a curvatura pi da terra
com suas pirâmides hieroglificas
e figuras hieráticas
que essas
sim
mandam beijinhos
por debaixo das colunas
e do nariz do sacerdote
como uuummmmmmmmmm
smaaaaaccccckkkkkkk
kkkkk!!!!!!!!!!
!!!!!
!!!
!
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