Eu sou o Marcos Vasconcellos. Aqui eu escrevo o que me der na telha, o que me vem na hora de dormir, quando estou num onibus, ou no meio de um papo chato!
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
O que...
o que há em mim
que não é dúvida?
o que há em mim
que não passa?
o que há em mim
que não sou eu?
suspiro e me questiono
diante do cataclismo
tenho defronte o desperto e o sono
o abismo, o puro e o desejo
mas que não é tudo que vejo
e hesito, não me domo
me confundo no labirinto
se o que era luz era razão
se o que era o insano, sombra
se o que era o claro em mim, névoa turva
e me escondo em incomoda soma
só a Verdade existe
o Nada não é
nunca foi ou será
é Ausência
é mentira
o que não existe
o que está de mim perdido
por tantas portas do esquecido?
surgirá aqui de novo
à risco, o ressurgido?
crio, me procuro
até não mais ser
o que há em mim
que não é nascer por mim?
acima, as belas trevas
não são negras
cintilam e me olham
desenham tanto mistério
não são trevas
ali o Que que nos fez também está
transsomos
não há fim
só movimento
transformação
caminho
vamos!
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