sim, sei que gosta de silêncio
não sempre, mas, às vezes, assim...como um espaço que se quer
preencher de outro espaço
de desejos
anseios
ideias
de serás
destino ou posses abstratas
e para, talvez, compreender a vida - seu profundo domo
por seu avesso
o sem-nome
revelação
o sagrado ou equilíbrio metafísico
Porém, comigo, não foi seu sonho que se cumpriu, antes clamor
desnoite
estrondo
inquietude
o choque do absurdo
ou mesmo
da sua ausência, mesmo em presença de teu corpo, segredo
descoberto a se revelar ali, entre o meu velo indomado e
o tempo
entende, a vida não lhe dá apenas a sombra
quarto fechado
lábios travados
casulo de fuga
e cortinas fechadas
Há também toda essa luz que racha, fere, rasga, incomoda e
dói incontrolavelmente, que, às vezes, em gozo
silenciosamente e inconvenientemente, reconheço como
paixão
plena vida
tudo
você
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