Eu sou o Marcos Vasconcellos. Aqui eu escrevo o que me der na telha, o que me vem na hora de dormir, quando estou num onibus, ou no meio de um papo chato!
domingo, 25 de abril de 2010
Azul,azul,azul
Pobre escada azul
me ergueste até o céu
e me guardaste
em tua névoa de astros
e numa escura noite
a tua ausência
me deixaste
como presença errônea
Triste porta azul
já que
nunca
esperava
que ali
contida a se debater
tanta delicadeza
frágil ira
e uma infância em abandono
densa penumbra
trancava a certa ida
foto de Parke Harrison
Enganosa sombra azul
pensei que iluminavas
o desregro do meu andar
negro minuto
infinito
meu corpo
palavras
imagem a desenhar
Impossível amor azul
dormiste inconstante e dali
talvez não acordes mais
para mim o céu
em que eu um dia vi
belo e eterno
cérebro e celeste
em seu piscar
um anjo
ou mosca azul
sobre um cais
a minha existência é finda
é mudo desastre
não mais acordar
ah dor
como sofro!
inútil
o
te amo demais
porque além do azul
encontrastes novos tons
novo matiz
nova cor
e deixastes de flutuar
não transcendes
e não tinges mais o céu
ou o mar
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